quinta-feira, 2 de julho de 2009

Open Tudo



Umas das boas pautas da 9ª. Conferencia de Socio-cibernética/Italia foi o que eu chamei de “open-tudo”, ou seja, a reflexão a respeito da criação de conteúdos e conhecimento em um contexto de open-source, open-media, crowdsourcing, free copyright, open-management, free-rider... Enfim, um cenário que não estamos nada acostumados: sem hierarquia formal, perda de controle, imprevisibilidade e criação coletiva. Nossa educação, em todos os sentidos, não nos preparou para viver nesse mundo. Em nossa sociedade, bem sucedido é definido por alguém que se deu “bem”, ganhou muito dinheiro, fazendo algo sozinho e que ninguém nunca fez antes, ou seja, uma definição totalmente apoiada no “eu-centrismo”. A voz de comando é o EGO. Com o avanço das tecnologias, o crescimento e ‘empoderamento’ das redes sociais, será inevitável que o ‘eu’ divida espaço com o ‘nós’, ou, o que é mais assustador para alguns, que o NÓS seja a voz dominante em determinados contextos. Menos egoísmo e mais altruísmo nas relações. Mas não um altruísmo pobre, babaca, carregado de hipocrisia e culpa. Estou falando de uma força inovadora que nasce da inteligência das partes envolvidas, da poderosa força da diversidade e adaptabilidade. Esse é o mundo do “open-tudo”, onde a criação coletiva é um diferencial e não uma concessão reducionista, onde a troca (exchange) é uma força criativa alavancadora e não limitadora... Enfim, esse é o cenário que já vivemos. O desafio é desenvolvermos pessoas, habilidades, tecnologias, ferramentas, mindsets... para atuarmos nesse mundo. Para alguns: que saco! Bem na minha vez inventaram esse negócio de “open-tudo”. Para outros: uau! Complexo, mas por onde começa? Como eu faço? Eu estou no segundo time, e você?
postado por Joao, Urbino.

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