Pelo Mundo foi criado para compartilhar com os amigos as histórias e experiências de uma temporada de estudos “pelo mundo”– um sabático de 6 meses que fiz em 2009. E que agora continua com as histórias e experiências do meu trabalho como clown. Enjoy!
domingo, 30 de janeiro de 2011
Vulnerabilidade
Acabei de assistir uma das melhores palestras que vi até hoje do TED, Brené Brown falando sobre suas descobertas no campo das relações humanas e a importância da noção de vulnerabilidade para a construção de um indivíduo feliz e completo ("Whole hearted people").
Estudando milhares de pessoas e histórias de vida, ela pesquisava o que fazia com que elas se conectassem e se sentissem plenas. Descobriu que a vulnerabilidade era o centro de uma sensação de medo e vergonha que impede com que a pessoa se sinta merecedora de amor e afeto e a impede de se conectar satisfatoriamente com outras.
No entanto, ela acabou se deparando com a descoberta de que essa mesma vulnerabilidade era o "birthplace", o lugar onde nascem a alegria, a criatividade, o senso de pertencimento e o amor!
Depois de analisar o que as pessoas que tinham um forte senso de merecimento (ela não usa a palavra auto-estima, mas tem algo a ver), considerou que elas tinha 4 coisas em comum:
CORAGEM de serem IMPERFEITAS;
COMPAIXÃO pelos outros mas, em primeiro lugar, por si mesmas;
CONEXÃO, em resultado de serem autênticas: elas abriam mão de serem quem achavam que tinham que ser para serem elas mesmas;
VULNERABILIDADE - elas abraçavam totalmente sua vulnerabilidade, acreditando que o que as fazia vulneráveis era também o que as fazia belas. Não argumentavam que a vulnerabilidade era confortável ou coisa parecida, porém necessária.
Como boa pesquisadora, ela se aprofundou na questão e quis descobrir, então, porque esse processo não acontece com a maioria das pessoas. E diz: "Nós ignoramos a vulnerabilidade (como sociedade). E acreditamos que é possível selecionar quais emoções queremos ignorar - não quero sentir raiva, medo, dor, tristeza, etc." Porém, ao ignorar essas emoções, ignoramos também a alegria, gratidão, felicidade, etc.
Por que ignoramos essas emoções? Segundo ela:
1) porque tentamos tornar tudo o que é incerto, certo. Buscamos certezas em tudo. Controle;
2) porque sempre buscamos ser perfeitos. Aqui ela fala sobre o papel de educar os filhos, não para serem perfeitos, mas dizendo: "Sim, você é imperfeito, and you are wired to struggle (não sei traduzir isso), porém você é merecedor de amor e pertencimento (but you are worthy of love and belonging)."
3) porque fingimos. Neste caso, que o que fazemos não tem impacto no outro.
Para finalizar ela sugere três "antídotos":
1) Deixar-se ver. Abrir-se, desculpar-se, etc. Amar com todo o coração, mesmo que não haja garantias.
2) Praticar a gratidão.
3) Acreditar que somos suficientes.
Bom, resumo básico mas que não transmite a qualidade do insight, a importância, a abrangência do que a Brené Brown propõe. Recomendo gastar os 20 minutos assistindo a própria que é, além do mais, muito divertida.
http://www.ted.com/talks/lang/eng/brene_brown_on_vulnerability.html
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