quarta-feira, 29 de abril de 2009

Fraser Hooper







Semana passada fiz um workshop com o Fraser Hooper, na Circus Space. Uma escola só das artes do circo, linda, super equipada, moderna, incrível mesmo.



São dois espaços deste tamanho, várias salas de aula, laboratório de computação, vestiários, etc.

O curso foi prá lá de Marraquesh, eu simplesmente AMEI. Digamos que foi igual a todos os outros workshops de clown que já fiz, porém o Fraser tem dois “mantras” que estruturam o seu trabalho, os exercícios e sua visão do que é ser palhaço: ritmo e expiração.

OK, todo professor fala nisso, é básico. Mas o comprometimento dele em fazer-nos experimentar e dominar as duas coisas foi fantástico.

Outra coisa que treinamos muito foi procurar o problema e procurar o jogo. Em geral a gente aprende que “para o palhaço, quando aparece um problema, considere uma benção, esteja pronto para aproveitá-lo” ou “seja um bom jogador”. O que o Fraser fez de diferente foi nos colocar numa posição ativa, de procurar e criar o problema/jogo. Ele também tira essa habilidade do campo subjetivo, psicológico – ou você é bom nisso ou não, ou adquire rapidez para perceber o que aconteceu, ou não. Ele coloca tudo no campo técnico, você pode praticar e dominar essa arte.

Pra fechar a lista de qualidades do Fraser, conto aqui que ele é super-hiper-mega generoso. Muito ao estilo da Hilary Chaplain, primeiro ele diz “Great!”, depois “Mas precisamos melhorar aqui, aqui e aqui, senão só a sua mãe vai dar risada de uma coisa tão ruim”. Existem várias pedagogias para ensinar clown, todas bastante empíricas, algumas menos e outras mais radicais (como o famoso tapão nas costas que a Quito dá quando você se sai mal). Mas eu já percebi que respondo melhor num ambiente de beijos e abraços...

Pra quem quiser saber mais sobre o Fraser: www.fraserhooper.com

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