sábado, 27 de fevereiro de 2010

Ô Abre Alas!



E domingão de carnaval foi dia de palhaços na Ciclofaixa, a ciclovia da Prefeitura patrocinada pelo Bradesco, que liga o Parque das Bicicletas, Ibirapuera e Parque do Povo.

Com realização da POP a pedido da agência Fabra & Quinteiro e patrocínio do Bradesco, 13 palhaços foram pra "avenida" alegrar o domingo dos bikers e lembrar as medidas de segurança para o uso da ciclovia.

Neste projeto, a POP chamou parceiros de diversos grupos: Osório e Judith, dos Amigos do Nariz Vermelho, Gastão, Pelanca e Manjericão, palhaços-músicos do Jogando no Quintal, Nilo, do Esparatrapo, Catarino, Joel e Romão da Esquadrilha da Risada, Minduim e Acerola, da Operação Hospalhaço e Aurélia, a palhaça do Recife que caiu de para-quedas aqui em São Paulo (ela saiu correndo da avenida para o aeroporto!).

Acho que conseguimos divertir a galera, e também nos divertimos muuuuito!



E a família dando seu apoio: mãe Ana, Pedro, Ale e Thaís, que não entendeu patavinas...



Consuelo em momento reunião com o Capitão Pereira - apoio da CET (melhor dizendo: paciência da CET) foi vital para a "operação".



E não é que uma galera colou no bloco e ajudou a fazer o maior samba no final? Eles postaram vários vídeos no you tube, pra quem quiser dar uma olhada é só procurar por "Carnabike".

Sniiiiiif!

Saiu o resultado da audição para o curso com o La Mínima, e não passei... Pior é ter ficado com água na boca durante a audição, ter sentido o clima da dupla Domingos Montagner e Fernando Sampaio, um clima de respeito, carinho, profissionalismo, palhaço, palhaço, palhaço...

Vou colar no Giba, que passou, e tentar aproveitar por tabela - e torcer por uma nova chance de aprender com estes dois mestres no futuro.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Agora é Sério! hahahahaha




Saiu hoje na revista "Mente e Cérebro", cortesia do meu amigo e parceiro Rodolfo, o palhaço Nilo:

Palhaços contra a ansiedade pré-operatória
“Terapia do riso” é tão eficaz quanto tratamento com fármacos em crianças antes da cirurgia

Ter a companhia de palhaços antes de uma cirurgia reduz a ansiedade de crianças entre 3 e 8 anos tanto quanto uma dose de medicamento ansiolítico. Essa é a conclusão de um grupo de cientistas da Universidade de Tel Aviv, em Israel. Eles dividiram os pacientes em três grupos: um deles recebeu uma dose do analgésico midalozan 30 minutos antes da cirurgia; o segundo teve a visita de dois palhaços em três momentos: na chegada à ala pré-operatória do hospital, durante a entrada na sala de cirurgia e na aplicação da máscara de anestesia. No grupo-controle nenhum tratamento ansiolítico foi usado. Publicados na revista Pediatric Anaesthesia, os resultados mostraram que a terapia farmacológica foi tão eficaz quanto a lúdica e que ambas são melhores que qualquer outro tratamento. O estudo fornece bons argumentos para que hospitais invistam mais em projetos como Doutores da Alegria.



Nilo, o EditoRod, sempre de olho na notícia...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

La Máxima


E a correria está grande, pois além do Teatro do Oprimido estou me preparando para uma audição na segunda-feira, para um curso com o Fernando e o Domingos, do La Minima. Vou apresentar um número com o Giba, ainda sem nome (o número, não o Giba). Estamos ensaiando e rezando, pois são apenas 20 vagas para 67 candidatos (já houve uma pré-seleção, eram 280)... Se rolar, sonho dos sonhos, eles são simplesmente os melhores. Se não rolar já decorei: "A gente fez o melhor que pode, o time estava unido, o adversário era forte, e estamos aí pra próxima rodada."

HU: Elmo!!!



Esta é pra Thaís! Tem um Elmo no HU!!! E quando ele ri também fica vermelho :)))

HU: Desafios

E o guarda-chuva passeou um bocado hoje! Tudo bem que todo mundo falava que, mais uma vez, lá estava eu chamando a chuva... Mas não dava pra resistir. E acabei descobrindo que um guarda-chuva colorido é um convite e tanto. Por exemplo: a enfermeira pediu que eu fosse até o quarto de um paciente que estava muito deprimido por ter voltado para o hospital. Isso já aconteceu outras vezes. E é quase um desastre certo, pois tenho tido muita dificuldade de achar uma brecha na tristeza para entrar em contato com esse tipo de paciente. Às vezes, parece até que eles ficam mais tristes quando me vêem, ai!

Pois hoje foi diferente, graças ao incrível guarda-chuva! Fui até o quarto do Licurgo - que já me conhecia da semana passada, e perguntei se ele queria dar uma volta. E ele queria! Andou o andar inteiro! Falou com todo mundo! Não sorria tanto, nem era uma enorme empolgação. Mas foi um passeio bonito. Senti o esforço, a luta dele. Brinquei com muita gente, já que a dupla chamou atenção (ou será que foi o guarda-chuva?), mas tentei manter-me conectada com ele. Afinal, é disso que se trata tudo...

HU: Um pedacinho da Itália



E esse é o guarda-chuva de arco-íris! Com os seus donos, a simpaticíssima Gisela e o charmosíssimo S. Angelo. ÁÁÁngelo! Que ele é italiano! Um amor, uma doçura. Uma dupla muito linda!

HU: Maria Aparecida


Vejam só! Essa é a TV do ursinho Pooh! Não é demais? A Maria Aparecida tinha prometido que ia dá-la para mim, mas hoje, quando recebeu alta, mudou de idéia! Eu tentei de tudo, ofereci coisas incríveis em troca, como um baralho novinho, um rolo de esparadrapo (pode salvar uma vida!), um guarda-chuva de arco-íris... Mas não teve jeito. Para não dizer que ela estava irredutível, ela me deu uma chance se eu encontrasse o controle remoto. Mas ele sumiu. Desapareceu. Escafedeu-se.

Os Jogos do Boal



Segunda dia 08 comecei um curso do CTO - Centro do Teatro do Oprimido em São Paulo, no Teatro Coletivo. Recebi um email falando da seleção para o curso, que é gratuito, e consegui ser selecionada. Serão quase dois meses de mergulho intensivo (ai minhas noites...) no método do Teatro do Oprimido.

Uma sorte ou coincidência e tanto, coisas do fluxo da vida: em Londres, no jantar que a Ju ofereceu para me apresentar a dois amigos incríveis, Charlie e Eric, falamos muito do Augusto Boal. Eu, uma analfabeta quanto ao conteúdo de sua obra, tinha apenas uma vaga idéia da sua importância... Eles, criadores do LifeBeat Camp (www.lifebeat.co.uk), um acampamento com o objetivo de oferecer arte e educação de qualidade em um formato que fale a língua dos jovens, e conhecedores (e "utilizadores") em profundidade do método e dos jogos do Boal.

Fui para casa tirar o atraso, pesquisei o que pude, entrei em contato com o CTO no Rio buscando um curso, mas acabei "arquivando" o assunto para quando voltasse. Afinal, àquela altura acho que já tínhamos bem uns 5kg de livros na bagagem...

O fato é que, de volta ao Brasil e desenvolvendo um trabalho específico com jogos de palhaço, percebo que caí no lugar certo, na hora certa. Embora no Teatro do Oprimido os jogos não estejam em função necessariamente do humor, muito menos do palhaço, a estrutura é a mesma - a diferença que acrescenta muito à minha pesquisa é justamente aprender a utilizá-los em qualquer circunstância, com qualquer tipo de pessoa. Além disso o método privilegia o aprendizado do "curinga", o facilitador do grupo, o que é mais uma oportunidade de aprimoramento.

Deus é bom demais comigo!

Unidos do HU



Alegria, alegria! Véspera de carnaval contagiando todo mundo, hoje (11/02) foi um dia delicioso! Nem precisei fazer muito esforço, estava todo mundo animado, entrando muito na onda. A animação era tanta que, na hora do passeio na maca (um clássico dos palhaços em hospital) "eu" tive que conter as enfermeiras e técnicas, tamanha a bagunça!!!

Na verdade, eu não tinha pensado que o tema do dia ia ser esse. Ele foi surgindo por acaso, mas quando chegou não teve mais jeito. Com uma bandeira improvisada com um saco de lixo e um cabo de vassoura, fui atrás do casal de mestre-sala e porta-bandeira. Foram vários os candidatos, ficando o posto de mestre-salas para o Alan e a porta-bandeira para uma mulher linda de cabelos trançados cheio de fitas coloridas, que era o carnaval "em pessoa". Também montamos muitas comissões de frente, bateria, ala das bahianas, e até o samba-enredo da Gaviões eu cantei, em parceria com a enfermeira Isabel, representante legítima da ala dos apaixonados por carnaval.

Entre tantos momentos high mais dois a destacar: a brincadeira de esconder a mala da Consuelo, um graaaande travessura da Enid e da Cleo. Estou de olho nelas. E a TV do ursinho Pooh, uma coisinha linda que a paciente Maria Aparecida levou e que deu muito jogo.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

HU: Highs & Lows

Brincadeiras à parte, hoje adorei brincar com a Mariana, a D. Severina e o filho dela. D. Severina está bem louquinha (palavras deles!), porém amorosa, saudosa, quer saber porque Deus levou seu marido e a deixou por aqui... Ai, D. Severina, são tantos os mistérios...

E essa turma quase me mata de vontade quando começaram a jogar Banco Imobiliário, por pouco não parei tudo pra ficar lá com eles!

Outro momento "high" foi o S. Edgar, que tem a maior equipe de acompanhantes que já vi. Ele está bem debilitado, mas sorriu muito mesmo assim. O netinho Lucas curtiu, e eu até ganhei uns dólares porque uma das acompanhantes dele apostou que eu não conseguiria fazê-lo sorrir! Mas foi sem querer, hahaha.

Adorei também o Jorge, garoto jovem - uns 20 e poucos anos - que ficou um tempão "decidindo" se ia entrar na minha ou não. O acompanhante dele comprou a brincadeira na hora, mas eu percebia que ele ficava tentando se segurar, tipo "isso é coisa de criança" (talvez). Pois antes de ir embora ele me chamou do corredor, fiz umas brincadeiras, e ele mandou um "se você continuar assim vai acabar é matando os pacientes", rindo cúmplice, já totalmente "desarmado".

E o high geral foi reencontrar todo mundo, eu estava com saudades - e, graças a Deus, parece que eles também!

De "low" ficou mais uma vez o desafio de me relacionar com um perfil recorrente: homem, 30 a 45 anos, muito triste, às vezes com uma certa revolta. Não sei o que fazer. O que falar. Como abordar. Travo no primeiro olhar tipo "e ainda tenho que aguentar a palhacinha do hospital", sem coragem de ir em frente. Vamos ver quanto tempo vou levar para descobrir esse caminho...

Ah! E faltou mencionar algo sobre hoje: trocaram todos os residentes DE NOVO!!! Assim não dá, como é que eu vou decorar o nome de todo mundo? E os crachás que eu tinha feito?! Ai, meu Deus, vamos ver: tinha a Carol, a Mariana, o Renato, O Kelson, o Ewandro, o simpaticíssimo Augusto, e acho que mais uns 3 pelo menos. ai, ai, ai... já falei pro Dr. Aleksander que precisamos dar um jeito nisso!

HU: Pau de Chuva


Segundo a Wikipedia, "o pau de chuva é um instrumento musical idiofônico, instrumento de percussão e ritmo com um som musicalmente impreciso, próximo ao que chamamos de ruído.

Muitos destes instrumentos têm forte presença em cerimônias religiosas ou na prática de rituais xamânicos, em sessões de santería cubana, que geraram ritmos populares como o son, o mambo, etc., denunciando alguma influência indígena na música negra cubana.

São desta família também diversos tipos de chocalhos africanos, alguns formados apenas por um corpo qualquer revestido com uma malha de fios e contas
".

Pois hoje levei para o HU o pau de chuva que ganhei dos índios nas minhas férias na mata (acho que era na Amazônia que eu estava, não sei, andei tanto pra chegar lá que perdi a noção). Foi um sucesso total, já que além de legal é muito relaxante. O único problema foi quando expliquei que talvez seja ele o culpado por tanto dilúvio... Pois é, esses índios foram ridículos, me deram um pau de chuva pra trazer pra São Paulo!!! Tentei deixar com alguém antes que descubram que está comigo, mas ninguém quis!


Vejam que linda essa foto minha no meio da selva!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Janeiro "Quente"


Consuelo e as "Partículas"


Momento calor máximo...

E janeiro foi mês de fazer um trabalho muito bacana para um laboratório farmacêutico. Foram 5 apresentações para 1800 funcionários, ajudando a reforçar a consciência das "boas práticas de fabricação". Solenta aproveitou para curtir uma sauna, foram uns 2 quilos a menos...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Shawn Kinley



No comecinho de novembro tive a sorte de ser convidada para traduzir um curso que o Shawn Kinley, do Loose Moose Theater, do Canadá, veio dar para o pessoal do Jogando no Quintal, os Barbixas e as Olívias.

Sorte porque ele me "obrigou" a fazer o curso, não apenas traduzir; porque tive a oportunidade de treinar com os best of the best de impro; porque ele é um mega-super-incrível professor; e, principalmente, porque ele é um p... ser humano!

É isso, antes de tudo o que ele ensinou sobre improvisação, vem o impacto de conhecer a pessoa calma, humilde, sem o menor vestígio de ego, mesmo sendo uma das maiores referências hoje no mundo - ele e o Loose Moose (onde o Keith Johnstone, que desenvolveu a linguagem da improvisação, começou tudo).

O que só reforçou a minha idéia de que, antes de ser um bom improvisador ou um bom palhaço, você tem que tentar ser uma boa pessoa. O resto é consequência - sua calma, sua presença (o "estar presente"), a escuta do outro, a relação, tudo isso pode ser praticado a cada instante, e aprimorado ou "bombado" quando em cena.

Do que ele ensinou, algumas coisas me marcaram bastante:

- O que o outro quer? O que o outro precisa? Entro em cena não pensando em mim, mas no outro (e o outro também, o que significa... Parece até papo de sustentabilidade!)
- Ensinar para aprender: assistir tudo como professor, diretor, saber o que está faltando e como corrigir.
- Não fazer esforço demais onde não precisa...
- Não é uma questão de grandes idéias, mas de uma boa construção de "plataforma", dos elementos que delineiam a cena.

E outras coisas mais, foi muuuito rico!

Um lugar que não existe!




Esse foi o tema de um lindo evento cultural no dia 29/11, no Centro Cultural Rio Verde. Foram 7 horas ininterruptas de música, performances, contação de histórias, palestras, saraus e clown.

Um lugar que não existe é uma boa definição sobre o local do evento, o Centro Cultural Rio Verde. Instalado na rua do Projeto Aprendiz, ao lado do Beco, é um espaço lindo, aconchegante, bem pensado, inspirador até o último fio de cabelo. Tem estúdio, sala de ensaio, dois coretos, uma biblioteca-bar, parece um mundo da fantasia – ou um lugar que não existe...

E foi nesse lugar tão especial que Nilo e Consuelo se encontraram no domingo, depois de muito tempo! Convidados para interagir com o público do evento, os dois passaram uma tarde d-i-v-e-r-t-d-í-s-s-i-m-a! Claro que o tema ajudou, pois, se um lugar não existe, quem está nele está aonde? Se algo não existe, é nada? E o nada, é? Não fossem as sete horas de apresentações, os dois teriam conseguido fazer a mesa-redonda final, debatendo esse e outros temas filosóficos que despertaram sua atenção (como, por exemplo: comer casca de banana é mais sustentável? Qual a perspectiva da casca com doce-de-leite? A palhaça Chica deixou a todos com essas intrigantes questões na cabeça...).

Feliz 2010!!!

Ai, o fim de ano... Pois é, muita coisa, tudo junto, e eu acabei não atualizando o blog... Vou tentar tirar o atraso agora, peço desculpas a todos os 5 milhões de leitores!

E vamo que vamo, que o ano já está se apresentando para nosso proveito ;)


Pois não é que rolou uma mini-improvisação familiar em pleno Ano Novo? Nesta foto, os fofos voluntários para serem pinos de boliche, esperando o Rogério (nosso campeão de bolão!) jogar a bola, eu...


João, visivelmente empenhado em seu papel de estaca da barraca de praia.


Momento histórico: Rogério/champagne com sua Pedro/rolha, digamos que tamanho comprometimento com o papel não havia sido visto até hoje (um dia isso ainda vai acontecer em uma empresa, eu juro!)