Pelo Mundo foi criado para compartilhar com os amigos as histórias e experiências de uma temporada de estudos “pelo mundo”– um sabático de 6 meses que fiz em 2009. E que agora continua com as histórias e experiências do meu trabalho como clown. Enjoy!
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Shawn Kinley
No comecinho de novembro tive a sorte de ser convidada para traduzir um curso que o Shawn Kinley, do Loose Moose Theater, do Canadá, veio dar para o pessoal do Jogando no Quintal, os Barbixas e as Olívias.
Sorte porque ele me "obrigou" a fazer o curso, não apenas traduzir; porque tive a oportunidade de treinar com os best of the best de impro; porque ele é um mega-super-incrível professor; e, principalmente, porque ele é um p... ser humano!
É isso, antes de tudo o que ele ensinou sobre improvisação, vem o impacto de conhecer a pessoa calma, humilde, sem o menor vestígio de ego, mesmo sendo uma das maiores referências hoje no mundo - ele e o Loose Moose (onde o Keith Johnstone, que desenvolveu a linguagem da improvisação, começou tudo).
O que só reforçou a minha idéia de que, antes de ser um bom improvisador ou um bom palhaço, você tem que tentar ser uma boa pessoa. O resto é consequência - sua calma, sua presença (o "estar presente"), a escuta do outro, a relação, tudo isso pode ser praticado a cada instante, e aprimorado ou "bombado" quando em cena.
Do que ele ensinou, algumas coisas me marcaram bastante:
- O que o outro quer? O que o outro precisa? Entro em cena não pensando em mim, mas no outro (e o outro também, o que significa... Parece até papo de sustentabilidade!)
- Ensinar para aprender: assistir tudo como professor, diretor, saber o que está faltando e como corrigir.
- Não fazer esforço demais onde não precisa...
- Não é uma questão de grandes idéias, mas de uma boa construção de "plataforma", dos elementos que delineiam a cena.
E outras coisas mais, foi muuuito rico!
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