quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Os Jogos do Boal



Segunda dia 08 comecei um curso do CTO - Centro do Teatro do Oprimido em São Paulo, no Teatro Coletivo. Recebi um email falando da seleção para o curso, que é gratuito, e consegui ser selecionada. Serão quase dois meses de mergulho intensivo (ai minhas noites...) no método do Teatro do Oprimido.

Uma sorte ou coincidência e tanto, coisas do fluxo da vida: em Londres, no jantar que a Ju ofereceu para me apresentar a dois amigos incríveis, Charlie e Eric, falamos muito do Augusto Boal. Eu, uma analfabeta quanto ao conteúdo de sua obra, tinha apenas uma vaga idéia da sua importância... Eles, criadores do LifeBeat Camp (www.lifebeat.co.uk), um acampamento com o objetivo de oferecer arte e educação de qualidade em um formato que fale a língua dos jovens, e conhecedores (e "utilizadores") em profundidade do método e dos jogos do Boal.

Fui para casa tirar o atraso, pesquisei o que pude, entrei em contato com o CTO no Rio buscando um curso, mas acabei "arquivando" o assunto para quando voltasse. Afinal, àquela altura acho que já tínhamos bem uns 5kg de livros na bagagem...

O fato é que, de volta ao Brasil e desenvolvendo um trabalho específico com jogos de palhaço, percebo que caí no lugar certo, na hora certa. Embora no Teatro do Oprimido os jogos não estejam em função necessariamente do humor, muito menos do palhaço, a estrutura é a mesma - a diferença que acrescenta muito à minha pesquisa é justamente aprender a utilizá-los em qualquer circunstância, com qualquer tipo de pessoa. Além disso o método privilegia o aprendizado do "curinga", o facilitador do grupo, o que é mais uma oportunidade de aprimoramento.

Deus é bom demais comigo!

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