sábado, 4 de dezembro de 2010

A MORTE – PARTE I


Em um outro post já comentei que um nariz vermelho não vê hierarquias. Pois neste quero escrever um pouco sobre a morte. Talvez ainda seja um pouco cedo, talvez novas coisas aconteçam, talvez eu mude de idéia. Mas me parece que o nariz também não vê a morte. Ou melhor, vê, mas não é a mesma coisa.

Já faz um tempo, cheguei no hospital e uma senhora chorava, amparada pelas enfermeiras. Suspeitei que era ela quem rondava por ali, a morte. Elas se afastaram, e eu fui investigar. Sim, uma senhorinha havia morrido e estava ali ao lado, atrás da cortina verde.

Eu quis ver, lógico. Tinha uma curiosidade infantil. Não consigo achar outra palavra. Não estava sentindo medo, pena, tristeza ou qualquer outra coisa, só queria ver. E vi. Logo chegou a pessoa responsável por preparar o corpo. Olhei para ele com respeito. Por um momento achei que nós dois encarávamos aquilo da mesma maneira, não sei. Ambos tínhamos que trabalhar, ele preparando o corpo e eu fazendo as pessoas rirem. Então tá, segui meu rumo e até agora não sei direito o que significa tudo isso...

Nenhum comentário:

Postar um comentário